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Cantos e ritmos do povo Guarani ganham protagonismo no Festival de Música Indígena de São Paulo

Evento leva o público a conhecer cinco aldeias e prestigiar tradições e sonoridades originárias

Festival Nhandereko busca comemorar e trazer reconhecimento à música dos povos originários
Festival Nhandereko busca comemorar e trazer reconhecimento à música dos povos originários Reprodução / Facebook Festival de Música Indígena de São Paulo Nhandereko

A primeira edição do Festival de Música Indígena de São Paulo Nhandereko começou nesta terça-feira, 18. O evento é todo online  e conta com a participação de cinco aldeias indígenas guaranis do interior do estado de São Paulo e da capital. A palavra “Nhandereko” faz parte do dialeto do povo Mbyá e é traduzida como “cultura”, que tem tudo a ver com a missão do festival: comemorar e trazer reconhecimento à música dos povos originários. O evento segue até o domingo, 23, e a cada dia traz a apresentação de uma aldeia.

Os detalhes da programação do Festival Nhandereko foram dados pelo músico Emerson Boy, que idealizou o evento, em entrevista ao programa Noite Ilustrada desta terça, 18. O piauiense contou sobre a beleza dos cantos indígenas e sua importância para nossa cultura e como o evento retrata essa música que ele considera marcante e muito rica. O músico revelou os desafios das gravações no período de pandemia e explicou como foi selecionar os conteúdos para o Festival.

O resultado é considerado positivo pelo idealizador da programação. "Eu cresci muito com esse projeto individualmente e intelectualmente, a coisa da paz que os índios passam, a tranquilidade. Trabalhamos muito, mas foi um trabalho de muita felicidade no meio desse negócio difícil que a gente não pode ter comunicação com as pessoas e não pode chegar perto das pessoas, mas conseguimos", comemorou. 

A transmissão do evento será pelo canal de Emerson Boy no YouTube. As apresentações ocorrem até 23 de maio, sempre às 20h. Ao final da entrevista, você pode ouvir a música A’e Imarangatu, da Aldeia Nhamandu Mirim, de Peruíbe-SP, que integra a programação do Festival Nhandereko.

Produção: Maron Filho e Carlos Ortega, sob orientação de Luiza Glória e Hugo Rafael

Publicação: Alessandra Dantas