Casos de sífilis adquirida saltam 27% no Brasil
São quase 90 mil registros por ano; desabastecimento de penicilina e aumento de diagnósticos podem ser as causas do crescimento
![Rodrigo Nunes | Ministério da Saúde Teste rápido para a doença pode ser feito nas 1.180 unidades básicas de saúde em Minas](https://ufmg.br/thumbor/vZZGs5Sobt51ECQ6JtH6RjkpBDw=/0x0:2052x1371/712x474/https://ufmg.br/storage/1/2/5/2/125217147a6cc3881a74a1a17367d574_15150809382461_1458626599.jpg)
Os casos de sífilis adquirida no país passaram de 65 mil, em 2015, para 87 mil, em 2016, aumento de 27%. O crescimento está relacionado ao aumento do número de notificações e não necessariamente por um aumento real do número de casos, informa o Ministério da Saúde. O número de casos entre as gestantes subiu 14% e as infecções por sífilis congênita, aquela transmitida da mãe para o bebê, aumentaram 4%.
Apesar de ser uma doença que pode levar a consequências graves, como perda auditiva, complicações no sistema nervoso e, no caso da forma congênita, má formação do bebê, o combate é simples e eficiente. O medicamento é a popular benzetacil e o tratamento completo pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde.
A sífilis é uma infecção sexual e o sintoma mais comum da doença é o aparecimento de lesões nas áreas de maior contato sexual. Essas lesões não provocam dor e podem cicatrizar sozinhas, levando a uma falsa impressão de cura. Por isso a importância de realizar o exame para completar o diagnóstico clínico, recomenda o infectologista e professor da Faculdade de Medicina da UFMG, Dirceu Greco.