Pesquisa e Inovação

Centro de Telessaúde do HC-UFMG integra iniciativa para otimizar tratamento cardíaco pós-alta

Pesquisadores norte-americanos visitaram o Hospital das Clínicas nesta semana; projeto deve ser implementado em 2023

Pesquisadores do Centro de Telessaúde e das universidades norte-americanas em reunião na última quarta, 11
Pesquisadores do Centro de Telessaúde e das universidades norte-americanas em reunião na última quarta, 11 Assessoria de Comunicação do HC

O Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh integra um projeto de cooperação internacional que visa ao desenvolvimento de uma intervenção digital para otimizar, após a alta do hospital, o tratamento dos pacientes diagnosticados com insuficiência cardíaca. A parceria entre o HC-UFMG e cinco universidades sediadas nos Estados Unidos, encomendada pela American Heart Association (AHA) – organização que promove cuidados para reduzir lesões e mortes causadas por doenças cardiovasculares e AVC –, propõe a união de diversas expertises para criar uma alternativa ao tratamento ambulatorial.

A insuficiência cardíaca é a principal causa de internação clínica cardiovascular no Brasil. As taxas de reinternação e morte após a alta hospitalar são grandes, e, apesar de existirem tratamentos que atenuam essa situação, eles não são utilizados como deveriam. “A ideia é criar uma intervenção digital que contribua para otimizar o tratamento após a alta hospitalar de forma mais célere, como adjuvante às consultas ambulatoriais”, explicou a cardiologista do Hospital das Clínicas Luisa Brant, professora da Faculdade de Medicina da UFMG e integrante do estudo.  

Além do Centro de Telessaúde, estão envolvidas na pesquisa as universidades de Washington, Boston, Massachusetts, Stanford e a Johns Hopkins. Elas foram selecionadas pela AHA porque detêm expertises em áreas distintas, o que ajudará a criar uma tecnologia mais completa.

“Com essa troca de experiências, buscaremos a melhor tecnologia para a insuficiência cardíaca. Ainda não sabemos se será desenvolvido um aplicativo ou um software para monitoramento dos dados vitais do paciente via Bluetooth, por exemplo, pois não há uma estratégia definida. O grupo vai realizar todo o estudo, testar a factibilidade do projeto e implementá-lo”, antecipou Luisa.

O Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh deverá ser um dos campos para a pesquisa. A expectativa é que o projeto seja implementado no segundo semestre de 2023. “Fomos convidados para ser o parceiro externo desse estudo por causa das experiências prévias do Centro de Telessaúde com saúde digital. O objetivo do grupo é que essa futura ferramenta também seja aplicável em contextos diferentes do norte-americano”, afirma o cardiologista e professor Antônio Pinho Ribeiro, coordenador do estudo.

Com Assessoria de Comunicação do HC-UFMG/Ebserh