Pesquisa e Inovação

Faculdade de Medicina lança site sobre a história do combate à doença de Chagas

Professores retrataram percurso que inclui a criação de centros de estudos e ambulatórios de referência

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'Triatoma brasiliensis', um dos principais vetores da doença no BrasilCleber Galvão / Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos / Domínio Público

A história da descoberta da Doença de Chagas, os marcos temporais do combate à enfermidade e a participação de pesquisadores da UFMG nessa trajetória compõem o conteúdo do site lançado pela Faculdade de Medicina por ocasião da comemoração pelo dia mundial da doença.

A data – 14 de abril – faz referência ao dia em que, no ano de 1909, Carlos Chagas identificou o parasita causador da infecção na paciente Berenice, de dois anos, moradora de Lassance, município de Minas Gerais.

No novo portal, professores da Faculdade de Medicina fazem um resgate histórico desde a primeira paciente, o surto em Bambuí (que deu origem ao Centro de Estudos e Profilaxia da Moléstia de Chagas, base do controle da transmissão vetorial da doença), os trabalhos de combate no Brasil e na América Latina e a criação do Ambulatório de Referência em Doença de Chagas.

“Podemos nos orgulhar do que foi feito em termos de desenvolvimento de informações, conhecimento, proteção de pacientes e controle da doença no país”, avalia o professor Manoel Otávio da Costa Rocha, do Departamento de Clínica Médica.

Caso único
A enfermidade descrita por Carlos Chagas é endêmica na América Latina. Sua descoberta é um caso único na medicina, em que o mesmo cientista descreveu uma nova moléstia humana, seu agente (o protozoário Trypanosoma cruzi) e o vetor (o percevejo hematófago, conhecido popularmente como barbeiro).

O barbeiro infectado pelo protozoário contamina o ser humano ao defecar após picar o indivíduo. A partir daí, a maior parte das pessoas desenvolve uma forma indeterminada, que não apresenta quadro clínico. Entre 25% e 30% dos infectados desenvolvem cardiopatias, sendo 10% graves.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina