Ensino

Interinstitucional, congresso de inovação e metodologias começa nesta segunda

Evento que nasceu na UFMG será realizado remotamente na Ufla; discussões vão abordar temas associados à inclusão e à permanência

Pavilhão de aulas da Ufla: instituição será sede do Congresso
Pavilhão de aulas da Ufla: instituição recebe o Congresso pela primeira vezWikipedia / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0

Com o tema Inclusão, permanência e sucesso: como inovar para alcançar cada estudante?, o 5º Congresso de Inovação e Metodologias no Ensino Superior e Tecnológico ocorrerá de 16 a 20 de novembro.

Em 2020, pela primeira vez, o evento será interinstitucional e realizado de forma remota, tendo a Universidade Federal de Lavras (Ufla) como sede. Entre seus objetivos estão a valorização da produção dos docentes, o compartilhamento de práticas inovadoras e de contribuições para diminuir a evasão dos estudantes. Professores, egressos de cursos de pós-graduação e servidores técnico-administrativos formam seu principal público de interesse.

De acordo com a professora Sayonara Ribeiro, da Ufla, presidente da comissão organizadora, o evento se constitui como “espaço privilegiado para a troca de experiências pedagógicas, em que se destaca a centralidade das pessoas envolvidas nos processos educacionais”. Segundo ela, o intercâmbio de ideias visa promover "uma formação mais holística, humanista, crítica, ética e cooperativa dos futuros profissionais". "Ao longo das quatro edições anteriores, realizadas pela UFMG, consolidou-se uma rede de saberes e práticas educativas”, lembrou.

A perspectiva interinstitucional, de acordo com Sayonara Ribeiro, tem sua importância especialmente justificada no contexto de pandemia. “Tivemos que nos reinventar e reorganizar o encontro para o formato on-line. Isso só foi possível graças ao diálogo e à colaboração entre as instituições”, observou a professora.

Inclusão digital
De acordo com a professora Maria José Flores, titular da Diretoria de Inovação e Tecnologias (GIZ), o atual momento das universidades brasileiras caracteriza-se como "um marco em termos de inclusão de estudantes de diversas origens socioeconômicas". Segundo ela, agora "o desafio a ser consolidado é a democratização do ensino com a permanência desses estudantes". 

A expectativa, de acordo com a diretora do GIZ, é que o evento seja capaz de gerar respostas satisfatórias a essa demanda. "A inclusão, a permanência e o sucesso, especialmente no contexto da pandemia, requerem esforços para favorecer a inclusão digital, de modo que o estudante consiga integrar-se aos processos de ensino mediados por tecnologias", enfatiza Maria Flores.

As quatro primeiras edições do congresso foram realizadas na UFMG
Atividade do Congresso em 2017: as quatro edições realizadas na UFMG consolidaram uma rede de saberes e práticas educativasRaíssa César / UFMG

Atividades abertas
As inscrições para as reuniões mediadas pela plataforma Google Meet já estão encerradas, mas algumas atividades do evento, abertas ao público, serão transmitidas no canal da Ufla no YouTube.

A conferência de abertura terá início às 14h da segunda-feira, dia 16, com o tema As práticas docentes e sua relação com a inclusão, permanência e sucesso na formação dos estudantes das universidades e institutos federais. Na quarta-feira, dia 18, a partir das 9h, o debate sobre Inclusão, permanência e sucesso: como inovar para alcançar cada estudante? também poderá ser acompanhado pelo público.

A programação conta ainda com oficinas, minicursos, grupos de colaboração e mostra de núcleos de estudos.

As discussões e atividades propostas têm origem na construção coletiva feita por especialistas das universidades federais de Ouro Preto (Ufop), dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), de Catalão (UFCat), dos institutos federais do Norte de Minas Gerais (IFNMG) e de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), além da UFMG e da Ufla.

Veja a programação.

Matheus Espíndola