Saúde

Longas exposições às telas aumentam risco de diabetes e câncer

Indivíduos com hábitos de lazer em frente à TV ou ao celular tendem a consumir mais alimentos ultraprocessados, conclui pesquisa da Faculdade de Medicina

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A alimentação rica em alimentos não saudáveis é fator de risco para diversas doençasDepositphotos | Young hackers drinking beer and eating junk food while working on malware - br.depositphotos.com

Pessoas que passam mais de três horas por dia em atividades de lazer que exigem exposição a telas consomem 32% mais alimentos ultraprocessados. O hábito pode ser perigoso à medida que contribui para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

Essa é uma das conclusões da pesquisa que resultou na dissertação de mestrado de Rayssa Cristina Martins, do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina. No trabalho, ela relacionou dados sobre o tempo de exposição a celulares, computadores e televisores à qualidade da alimentação de 88 mil adultos brasileiros.

“A alimentação não saudável, definida como aquela rica em ultraprocessados, é um fator de risco para diversas DCNT, como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares”, explica a pesquisadora.

Idade e renda
Segundo ela, fatores sociodemográficos, como idade e renda, impactaram os resultados do estudo, em especial, no que se refere ao tipo de tela utilizada pelos entrevistados. Indivíduos com 65 anos ou mais, por exemplo, relataram passar mais tempo assistindo televisão do que pessoas de 18 a 24 anos.

Os níveis de escolaridade e renda também são variáveis importantes. “O acesso a melhores condições de educação e renda favorecem as escolhas alimentares”, afirma.

Rayssa indica algumas medidas que podem auxiliar na redução do tempo de tela e evitar o desenvolvimento de DCNT. “Retirar a televisão do quarto, monitorar o tempo sentado e substituí-lo por prática de atividades físicas, avaliar criticamente a publicidade de alimentos e ler os rótulos dos produtos alimentares”.

Leia a matéria completa no site da Faculdade de Medicina.

Madu Mendonça | Centro de Comunicação da Faculdade de Medicina da UFMG