Em abril de 1930, há 90 anos, o holandês Theo van Doesburg publicou, em Paris, no primeiro número da revista Art Concret, os 6 elementos que seriam a base da Arte Concreta:
1º A arte é universal; 
2º A obra de arte deve ser inteiramente concebida e formada pelo espírito antes de sua execução [...]; 
3º O quadro deve ser inteiramente construído com elementos puramente plásticos, isto é, planos e cores. Um elemento pictural só significa a 'si próprio' e, conseqüentemente o quadro não tem outra significação que 'ele mesmo'; 
4º A construção do quadro, assim como seus elementos, deve ser simples e controlável visualmente; 
5º A técnica deve ser mecânica, isto é, exata, anti-impressionista; 
6º Esforço pela clareza absoluta

Em seu manifesto, van Doesburg defendia ideias que já vinham sendo desenvolvidas por artistas de vanguarda da época, que negavam a subjetividade e o lirismo no campo artístico. Eles buscavam desenvolver uma arte que não tentasse representar nada da realidade, e fosse, ela mesma, o produto final. 

“Um plano é um plano, uma linha é uma linha, nem mais nem menos” escreveu van Doesburg há 90 anos. 

Na década de 50, esse movimento ganhou força no Brasil, com artistas como Geraldo de Barros, Lygia Clark, Helio Oiticica e Ferreira Goulart. Em 1956, foi inaugurada a I Exposição Nacional de Arte Concreta no Brasil, que também representou uma ruptura entre os artistas paulistas e os artistas cariocas, em relação ao modo como eles desenvolviam os preceitos da Arte Concreta.

A curadora do Instituto Moreira Salles, Heloisa Espada, falou sobre o movimento concretista no Brasil e no mundo, em entrevista ao programa Noite Ilustrada, da Rádio UFMG Educativa.