Arte e Cultura

Pesquisadores da UFMG revelam trilha de sucesso do cinema brasileiro

Saiba quais as mudanças no cinema nacional que levaram produções a bater recorde de bilheteria

O ranking mundial de bilheteria é liderado por filmes estrangeiros, mas apesar dessa preferência, segundo pesquisadores, as produções cinematográficas brasileiras estão conquistando o público e isso é refletido no recente recorde conquistado pelo longa Minha Mãe é Uma Peça 3, de 2019. O professor do departamento de Comunicação Social da UFMG Eduardo Jesus aponta as leis de incentivo instauradas na virada do século como uma das principais contribuições para os números crescentes de lançamentos e de pessoas que passaram a ver as produções nacionais com mais interesse.   

O começo do cinema no Brasil ocorreu no mesmo período de outros países, por volta de 1910. A pesquisadora Cláudia Mesquita, também do Departamento de Comunicação Social da UFMG, conta que durante muitos anos a chanchada e o Cinema Novo marcaram época. Esses movimentos tem passado por uma releitura nas produções atuais. No entanto, ela lamenta que boa parte do acervo cinematográfico no nosso país se perdeu – é o caso, por exemplo, da primeira cena de um filme gravado em solo brasileiro. O que existe, segundo ela, são relatos desses materiais. 

O cineasta Rafael Conde, professor da Escola de Belas Artes, lembra que os primeiros estúdios no país sofreram com a falta de dispositivos de gravação, mas ao longo dos anos esses equipamentos se modernizaram, ficaram mais acessíveis e portáteis. “A gente vê que, hoje, o Brasil e o mundo todo dispõem da mesma tecnologia e dos mesmos dispositivos de exibição para produção”, comenta.  

Equipe: Luiza Galvão (produção), Márcia Botelho (edição de imagens), Jessika Viveiros e Naiana Andrade (edição de conteúdo)