Pró-reitores de pesquisa e pós repudiam 'condenação prévia e execração pública'
O Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (FOPROP) vem a público manifestar preocupação e expressar repúdio à forma como a Polícia Federal atuou na operação “Esperança Equilibrista”, levando a depor, de forma coercitiva, o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (Jaime Ramirez), a vice-reitora (Sandra Goulart), a ex-vice-reitora Heloísa Starling e outros docentes.
As denúncias de ilícitos e irregularidades precisam ser investigadas de acordo com os princípios constitucionais do estado de direito, sem condenação prévia e execração pública dos investigados e de suas instituições. A condução coercitiva é uma medida extremada e excepcional, devendo ser utilizada nos casos de resistência e obstrução das investigações. A midiatização das operações produz danos irreparáveis na reputação dos indivíduos e das instituições.
As universidades públicas têm sido duramente castigadas pelas campanhas difamatórias. A desastrosa operação “Ouvidos Moucos” na Universidade Federal de Santa Catarina resultou na trágica morte do reitor Luiz Carlos Cancellier Olivo. O FOPROP repudia as ações abusivas da Polícia Federal contra as universidades públicas e seus dirigentes e manifesta apoio, respeito e solidariedade a toda a comunidade acadêmica da UFMG, em particular a seus dirigentes e ex-dirigentes.
Brasília, 06 de dezembro de 2017.
Diretório Nacional do FOPROP