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Seminário na Fafich propõe ‘descomemorar’ golpe de 1964

​ Evento realizado pelo Laboratório de História do Tempo Presente nesta semana discute os desdobramentos da ditadura, os desafios da democracia e novas perspectivas historiográficas sobre o tema

Manifestação no Rio de Janeiro, em 1968, contra a ditadura militar
Manifestação no Rio de Janeiro, em 1968, contra a ditadura militar Foto: Arquivo Nacional | Correio da Manhã

O Laboratório de História do Tempo Presente (LHTP) da UFMG promove, de hoje, 25, até quarta-feira, 27 de março, o seminário 1964 e a ditadura militar no quadro transnacional: novas perspectivas historiográficas. O evento está sendo realizado no Auditório Sônia Viegas da Fafich, no campus Pampulha.

O seminário reúne pesquisadores de todo o país que oferecem contribuições acadêmicas relevantes para debates e reflexões sobre a história da ditadura brasileira e os desafios da construção democrática no Brasil e na América Latina.

A participação de ouvintes é gratuita. A programação inclui mesas-redondas e o ciclo de apresentação de pesquisas do LHTP. A inscrições para as mesas estão esgotadas, mas ainda há vagas para o ciclo de pesquisas do LHTP.

A ideia é aproveitar a efeméride de 60 anos do golpe de 1964 não para comemorá-lo – tomando a expressão no sentido de celebração –, mas como oportunidade para discutir questões de grande relevância na história recente e plenas de atualidade. O golpe de 1964 tornou-se marco inquestionável, tanto na história brasileira como na da América do Sul, já que abriu caminho para a mais longa ditadura da história do Brasil e para um ciclo de regimes autoritários nos países vizinhos.

Em artigo publicado no Portal UFMG na semana passada, o professor Rodrigo Patto Sá Motta, do Departamento de História, relata que o objetivo do seminário "é estimular análises sobre o estado da arte da produção acadêmica brasileira e internacional sobre o tema, sem deixar de contemplar questões clássicas nos estudos sobre ditaduras". Segundo ele, duas linhas de vanguarda da pesquisa historiográfica também serão abordadas: as conexões transnacionais da ditadura brasileira e estudos focados em agentes sociais anteriormente pouco contemplados, sobretudo mulheres, negros e indígenas.

Aula pública e lançamento de livro
A Faculdade de Educação (FaE) também organizará atividades alusivas à data. Na quarta (27), das 8h as 11h, e quinta (28), das 19h30 às 22h, haverá aulas públicas no Auditório Neidson Rodrigues sobre o tema O golpe de 1964, a ditadura e a educação no Brasil: uma história inconclusa.

As aulas serão transmitidas pelo canal da FaE no YouTube. Na ocasião, será lançada a obra Educação e direitos humanos em tempos de resistência.

Com Assessoria de Comunicação da Proex