Um terço dos rios de Belo Horizonte estão escondidos sob o concreto
Geógrafo Alessandro Borsagli analisou impacto da infraestrutura da cidade nos estragos causados pelas chuvas
![Reprodução Alessandro Borsagli pesquisa hidrografia da capital mineira](https://ufmg.br/thumbor/KED1uJ7P4BlvFLiOIPhs9HT3HKY=/0x0:453x643/453x643/https://ufmg.br/storage/7/a/7/b/7a7b5daf0ad82601fca1f071c7fc997a_15807519360593_1702618278.jpg)
Os grandes níveis de chuva na grande Belo Horizonte, atípicos mesmo para o verão, vêm causando mortes e estragos. Uma das principais causas é a ineficiência da infraestrutura da cidade, incapaz de lidar com a própria malha hídrica sobre a qual a cidade foi construída.
Muitas pessoas não sabem, mas o perímetro urbano de Belo Horizonte tem diversos rios e córregos invisíveis, que foram cobertos por ruas e avenidas durante o processo de urbanização. A capital mineira foi construída na área de quatro grandes bacias hidrográficas (Ribeirão Arrudas, Rio das Velhas, Ribeirão do Onça e Ribeirão do Isidoro). Esse processo de canalização foi iniciado já na segunda década do século 20, e continuou até recentemente, com a cobertura do Rio Arrudas.
Cobrir o leito natural dos rios e suas margens de concreto pode não ser a melhor opção, já que, em períodos de muita chuva, como o deste mês de janeiro em Belo Horizonte, a população pode sofrer com enchentes e alagamentos, como temos assistido nas últimas semanas.
O geógrafo e professor Alessandro Borsagli, autor do livro Rios invisíveis da metrópole mineira, conversou com a UFMG Educativa sobre o tema. A entrevista foi ao ar no programa Conexões desta sexta-feira, 31.