Para o encerramento da programação da 2ª Mostra Retratos do Brasil, o Conservatório UFMG recebe o trio Conversa Ribeira, que vai apresentar o álbum Do verbo chão. O grupo celebra a tradição da música caipira, acrescentando novas concepções de arranjo e interpretação. O show é gratuito e ocorrerá na próxima sexta, 8 de novembro, a partir das 19h30. 

Lançado em 2019, o terceiro álbum do grupo contém canções pioneiras da tradição, como a toada Pé de ipê, de Tonico, e as modas de viola Gostei da morena, de Raul Torres, Herói sem medalha, de Sulino, e Moda da onça, canção de domínio público adaptada por Inezita Barroso na década de 1940.

O repertório também reúne obras mais recentes, que retratam o Brasil com sensibilidade. É o caso de Cururu mitológico, de Daniel Muller, baseada em pesquisa sobre mitologias indígenas brasileiras, Atrás poeira, de Ivan Lins e Vitor Martins, Folia, de Lourenço Baeta e Xico Chaves, e Olho d’água, de Paulo Jobim e Ronaldo Bastos.

O trio
O Conversa Ribeira é formado por Andrea dos Guimarães (voz), Daniel Muller (piano e acordeon) e João Paulo Amaral (viola e voz). Os integrantes, nascidos em cidades interioranas, realizam um trabalho de pesquisa sobre a riqueza do repertório clássico caipira, enfocando tanto os conteúdos musicais quanto o que se refere à experiência humana.

Em seus 22 anos de história, o trio já se apresentou ao lado de Guinga, Inezita Barroso, Mônica Salmaso e Paulo Freire. O grupo também já percorreu o país e o exterior e representou o Brasil em festivais no México e em Portugal. Após lançar seu primeiro álbum (Conversa Ribeira), em 2007, o grupo foi selecionado no Projeto Pixinguinha, da Funarte, e no programa Rumos Itaú Cultural. O grupo recebeu o prêmio Inovação do Festival Voa Viola e o Troféu Cata-Vento, da Rádio Cultura AM, de Melhor grupo de música raiz. Em 2012, se apresentou com a Orquestra Municipal de Jundiaí e Sinfônica de Sorocaba.

Mostra Retratos do Brasil
Realizada de junho a novembro de 2024, a segunda edição da Mostra Retratos do Brasil teve 23 apresentações musicais, seis workshops e um bate-papo. Para retratar e incentivar a pluralidade da identidade brasileira, a curadoria da mostra contemplou gêneros diversos como a música tradicional, o cancioneiro infantil, a canção popular, o instrumental e o erudito. Repertórios com menos visibilidade midiática mereceram um olhar especial, com prioridade para a valorização dos músicos de Minas Gerais e, sobretudo, de Belo Horizonte.