A que ponto pode chegar o coronavirus no Brasil?
Programa Conexões conversou com Vandack Nobre, professora associado do Departamento de Clínica Média da Faculdade de Medicina da UFMG
Quando, no início de janeiro, alguns casos de síndrome respiratória aguda apareceram na cidade chinesa de Wuhan, os cientistas ficaram em dúvida sobre o que viria a seguir. Caso aquilo virasse uma epidemia nos moldes das de 2002 e 2015, haveriam mortes, mas o número mal passaria de 800, como aconteceu anteriormente. Hoje, três meses depois, essa nova doença, a Covid-19, já infectou mais de 81 mil pessoas na China e matou mais de 3 mil pessoas naquele país. Na última semana, o governo chinês declarou considerável queda no surto do novo coronavírus no país, mas a pandemia, está longe de chegar ao fim. O epicentro da doença migrou da Ásia para a Europa, e um dos países mais afetados é a Itália, que já registra 21 mil casos confirmados e quase 2 mil mortes. E uma possibilidade que parecia tão distante está chegando no Brasil. Depois que o primeiro caso foi confirmado no Brasil, no dia 26 de fevereiro, os números subiram, e o país já conta com mais de 100 casos confirmados, além de mais de 1500 casos suspeitos. Na última sexta-feira, 13, o Ministério da Saúde confirmou a existência de casos de transmissão comunitária, que é quando não é possível identificar a trajetória de infecção do vírus. Com o número de infectados passando de 160 mil pessoas no mundo todo, e os mortos que já são quase 8 vezes mais do que a epidemia de 2002, é natural que surja medo e, claro, várias dúvidas. A situação no nosso país pode ficar igual a da Itália ou igual a da China? O sistema de saúde brasileiro tem capacidade para enfrentar a pandemia do novo coronavírus?
Para saber mais sobre o avanço da Covid-19 no Brasil e os cenários futuros no país, o programa Conexões conversou com o professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG Vandack Nobre.
Em momentos de crise como esse, a Universidade reafirma sua importância ao analisar e propor estratégias de prevenção e combate. Mas para além da ciência, a UFMG também atua orientando e comunicando a população. A última edição do Boletim UFMG trouxe uma entrevista com dois professores alertando a importância dos cientistas neste momento de avanço do coronavírus. Uma outra ação recente da Universidade foi a criação de um portal dedicado à divulgar informações verídicas e checadas sobre a pandemia do Covid-19. O objetivo é manter a comunidade interna e externa bem informadas sobre cuidados individuais e coletivos essenciais para se evitar a doença. O portal também oferece links úteis, de órgãos de saúde no Brasil e no exterior e planos de contingência, além de acesso à produção jornalística da UFMG sobre o assunto.
Tudo isso e muito mais está disponível no site.