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Alertas do Inpe apontam recorde em desmatamento na Amazônia durante o mês de outubro

De acordo com os dados, área desmatada corresponde a 877 km², uma alta de 5% em relação a 2020

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Durante a COP26, realizada no último sábado, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, assinou compromissos de combate ao desmatamento das florestas até 2030, mas os dados revelados pelo Inpe apontam para outro caminho.Pexels

Um informe do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que os alertas de desmatamento na Amazônia bateram recorde em outubro. A área de alertas identificada pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), no mês passado, foi de 877 km², uma alta de 5% em relação a 2020 e recorde da série histórica de cinco anos.

A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e abriga toda a área do bioma amazônico. Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desmatamento da área entre 2020 e 2021 é o maior dos últimos dez anos e corresponde a uma perda de 10.476 km² de floresta. Esses números vão de encontro à estratégia do governo brasileiro na COP26, a Conferência das Nações Unidas para Mudança Climática, que aconteceu em Glasgow, na Escócia, e foi encerrada neste sábado. Na cúpula, o Brasil omitiu os recordes de devastação e prometeu acabar com o desmatamento ilegal até 2028, além de assinar acordos contra as queimadas e emissões de metano.

Para entender mais sobre a aceleração do desmatamento na Amazônia e a postura contraditória adotada pelo Brasil na COP26, o programa Conexões desta terça-feira, 16, apresentado por Luiza Glória, teve como convidado o professor titular do Departamento de Cartografia do Instituto de Geociências da UFMG Britaldo Soares Filho.

Ouça a entrevista completa no SoundCloud.

Produção: Enaile Almeida, sob orientação de Hugo Rafael e Luiza Glória
Publicação: Carlos Ortega, sob orientação de Alessandra Dantas