Aluno e egressos da Medicina publicam artigo sobre cirurgias atrasadas pela pandemia
Estima-se que mais de um milhão de cirurgias foram acumuladas no Brasil em 2020, sendo 113 mil delas no estado de Minas Gerais
Um aluno e dois ex-alunos da Faculdade de Medicina da UFMG estão entre os autores de um estudo que estima o atraso nas cirurgias eletivas e de emergência ocorrido em razão do combate à pandemia. O trabalho é resultado do Programa em Cirurgia Global e Mudança Social e estima que mais de um milhão de cirurgias foram acumuladas no Brasil em 2020. Em Minas Gerais, estima-se que aproximadamente 113 mil cirurgias não ocorreram no ano passado, das quais 13 mil seriam de emergência e 100 mil eletivas.
O Programa em Cirurgia Global e Mudança Social da Harvard Medical School trabalha com países em desenvolvimento e busca garantir e melhorar o acesso à cirurgia, anestesia, ginecologia e obstetrícia, de maneira segura e financeiramente acessível para todos. Os representantes da UFMG no estudo são os ex-alunos Isabella Faria e Fábio Botelho e o aluno do 7º período Ramon Bernardino, todos do curso de Medicina.
O programa Expresso 104,5, da Rádio UFMG Educativa, desta segunda-feira, 13, convidou o estudante de Medicina da UFMG Ramon Bernardino para falar sobre a pesquisa.
"Vários fatores contribuem para o adiamento dessas cirurgias. Um deles é o fato de a covid demandar mais recursos hospitalares. Médicos, para cuidar dos pacientes, equipes de enfermagem, leitos. Isso acaba tirando recursos de cirurgia. Outros fatores podem estar ligados a um esforço para diminuir a transmissão da covid. Agências de saúde no Brasil pediram pelo adiamento de cirurgias eletivas no país e a própria população tem um receio de se contaminar, optando por não participar dos procedimentos", explicou o estudante.
Ouça a entrevista completa no SoundCloud.
Produção: Filipe Sartoreto
Publicação: Carlos Ortega, sob orientação de Hugo Rafael