Astrofísicos do ICEx identificam aglomerados estelares na Via Láctea
UFMG 1, UFMG 2 e UFMG 3 têm idades entre 100 milhões e 1,4 bilhão de anos
![Interferência sobre imagem extraída do telescópio espacial Gaia Detalhe da Via Láctea com as posições dos aglomerados UFMG 1 (vermelho), UFMG 2 (azul) e UFMG 3 (verde), descobertos pela equipe do ICEx quando estudava
o NGC 5999 (rosa). As regiões escuras representam nuvens interestelares de gás e poeira. A luz das estrelas que compõem a galáxia gera o brilho esbranquiçado que permeia a área central da imagem](https://ufmg.br/thumbor/wlC8h2uoKLaqhqt1wSAcFATKd80=/0x0:1680x1680/1680x1680/https://ufmg.br/storage/9/b/0/8/9b0852fd3d833b7d3438e30bd5434258_15504167880824_1428044118.jpg)
Um grupo de pesquisadores do Departamento de Física da UFMG conseguiu discriminar três aglomerados de estrelas em movimento na Via Láctea. Cada um desses sistemas, com diâmetro entre 13 e 19 anos-luz, reúne mais de 200 astros ligados gravitacionalmente. Registrados com os nomes de UFMG 1, UFMG 2 e UFMG 3, os objetos têm idade estimada entre 100 milhões e 1,4 bilhão de anos.
A pesquisa foi baseada na análise de dados e imagens do céu obtidas pelo satélite Gaia, da Agência Espacial Europeia. Essas imagens foram tratadas e disponibilizadas na internet. A descoberta é fruto da investigação do doutorando Filipe Andrade, orientado por Wagner Corradi Barbosa e pelo professor João Francisco dos Santos, do Departamento de Física. Também participaram da caracterização dos aglomerados os pesquisadores Francisco Maia e Mateus Ângelo, ex-integrantes do Laboratório.
O trabalho, publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, é apresentado na reportagem de capa da edição 2.047 do Boletim UFMG.