Brasil completa 40 anos sem Glauber Rocha
Programa Noite Ilustrada recebeu a cineasta Paloma Rocha, filha de Glauber
![Arquivo Nacional Glauber Rocha: nome do Cinema Novo](https://ufmg.br/thumbor/yfkFLANAcdcjcaR7H_hE7tht444=/25x0:916x1365/352x540/https://ufmg.br/storage/e/7/f/a/e7fa4bf7d293a5887bf989dc752075be_16297264603379_1511778090.jpg)
Neste domingo, 22, completam-se 40 anos da morte de Glauber Rocha. Ator, cineasta, crítico, escritor e jornalista, Glauber Rocha foi um dos fundadores do movimento Cinema Novo e um dos cineastas brasileiros mais premiados internacionalmente. Nascido na Bahia, testemunha de um Brasil marginal e culturalmente desmoralizado, o artista buscou descolonizar a visão do cinema internacional e denunciar a realidade violenta e desigual do país, até mesmo enquanto enfrentava a ditadura militar.
Autor da memorável frase “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, o artista desejava educar o público por meio de seus filmes. Em 1964, lançou Deus e o Diabo na Terra do Sol, grande marco do cinema brasileiro, e foi indicado à Palma de Ouro. Terra em Transe, de 1967, foi censurado por ser considerado subversivo, já que fazia alusão à situação política brasileira, que vivenciava o regime militar. Até hoje, esses e muitos outros de seus longas são considerados clássicos do cinema nacional.
Glauber Rocha deixou um legado de extrema relevância para o país, que inclui seus textos, críticas e manifestações sociais. Parte desse acervo foi perdida no incêndio que atingiu o galpão da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, no dia 29 de julho.
O programa Noite Ilustrada desta sexta-feira, 20, dedicou a entrevista a falar da vida e do legado de Glauber Rocha. Na edição, o apresentador Luiz Fernando Freitas recebeu a também cineasta Paloma Rocha, filha de Glauber.
Ouça a entrevista de Paloma Rocha no SoundCloud.
Produção: Maron Filho e Enaile Almeida, sob orientação de Luiza Glória
Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael