Campanha ‘Indígenas na Cidade’ arrecada doações para suporte a famílias que vivem na Grande BH
Fundadora do Comitê Mineiro de Apoio à Causa Indígena, Avelin Buniacá Kambiwá concedeu entrevista ao programa Conexões; domingo, 9 de agosto, é Dia Internacional dos Povos Indígenas
![Foto: Vinícius Braga / Fotos publicas / CC BY-NC 2.0 Pandemia intensificou vulnerabilidade de povos indígenas no Brasil](https://ufmg.br/thumbor/yIp_xgsRc1elbtMC3Q5ct998WL8=/0x0:1024x572/1024x572/https://ufmg.br/storage/9/a/d/0/9ad0d163f9d725e3b50d7b48542f7563_15970761394007_2146852717.jpg)
Neste domingo, 9, é celebrado o Dia Internacional dos Povos Indígenas. A data é lembrada desde 1995, em referência à sessão inaugural do grupo de trabalho das populações indígenas na Organização das Nações Unidas (ONU), em 1982. Em 2020, o tema das comemorações organizadas pela ONU, em formato virtual, é Covid-19 e a resiliência das populações indígenas.
Em Minas Gerais, o Comitê Mineiro de Apoio à Causa Indígena alerta para a difícil situação enfrentada por mais de cem famílias indígenas que vivem em Belo Horizonte, no contexto da pandemia do novo coronavírus. De acordo com o comitê, mais de 20 etnias que vivem na Região Metropolitana de Belo Horizonte, vindas de diferentes partes do Brasil e da América do Sul, estão em situação de alta vulnerabilidade, com a perda de renda e a falta de políticas públicas específicas para esses povos.
A socióloga Avelin Buniacá Kambiwá, da etnia Kambiwá de Pernambuco, fundadora do Comitê Mineiro de Apoio à Causa Indígena, afirmou, em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta sexta-feira, 7, que indígenas não nascidos no Brasil e que moram na cidade são impossibilitados de ter acesso a políticas públicas no país.
“As políticas públicas muitas vezes não são estendidas também a indígenas que vivem fora dos territórios tradicionais. Então, se o indígena sai desse território, politicamente, ele deixa de ter acesso aos direitos que são reservados aos povos indígenas. É como se a gente perdesse a nossa identidade por estar na cidade, o que é um grande absurdo”, explicou