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Como é a vida profissional para bombeiros gays?

Pesquisa da Pós-Graduação em Administração da UFMG concluiu que eles geralmente são alocados para trabalhos com menos visibilidade

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Assim como em outras carreiras militares, a carreira no corpo de bombeiros ainda é associada a um discurso de heteronormatividadeFabio Rodrigues Pozzebom I Agência Brasil

Frases como “apruma o corpo e bata continência como homem” são comuns dentro do Corpo de Bombeiros. Investigar como esses discursos de masculinidade afetam a vida profissional de bombeiros gays foi o objetivo de uma dissertação defendida no programa de Pós-Graduação em Administração da UFMG. O pesquisador Leonardo Tadeu Santos entrevistou membros da corporação que se declaram homossexuais e, entre outras coisas, descobriu que eles são frequentemente alocados para funções administrativas pois essas são tarefas com menos visibilidade do que o trabalho de campo. Saiba mais no episódio 26 do Aqui tem ciência.


Arquivo pessoal
O pesquisador Leonardo Tadeu dos Santos
Arquivo pessoal

RAIO-X DA PESQUISA

Título original: "Apruma o corpo e bata continência como homem: A vida laboral de homossexuais no Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais"

Nome do pesquisador: Leonardo Tadeu dos Santos

O que é: dissertação que busca entender como é a vida profissional de homens gays dentro do corpo de bombeiros militares de Minas Gerais. Isso porque, comumente, há um forte discurso de masculinidade que rege instituições como essa. Assim, o autor recorreu às teorias de poder e discurso de Michel Foucault para explicar as relações envolvidas, além de ter realizado diversas entrevistas com 10 bombeiros gays. 

Ano da defesa: 2019

Programa de Pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração 

Orientador: Cristiana Trindade Ituassu

Financiamento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

O episódio 26 do Aqui tem ciência teve apresentação de Alessandra Ribeiro, produção de Luana Lima, edição e coordenação de jornalismo de Paula Alkmim. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG, abrangendo todas as áreas do conhecimento.

A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta resultados de trabalho de um pesquisador da Universidade. O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.