Demora para implementar isolamento social foi fatal para Itália
No quinto episódio da série “Por que ficar em casa?”, professora do Departamento de Ciências Econômicas da UFMG explica o que está por trás da escalada de casos de coronavírus no país europeu
A Itália é o terceiro país com maior número de casos registrados do coronavírus, cerca de 200 mil, atrás apenas dos Estados Unidos e da Espanha. Por lá, até esta segunda-feira (27/04), mais de 26 mil pessoas morreram em decorrência da Covid-19 segundo os dados levantados pelo Universidade John Hopkins. O país se tornou um triste exemplo de como o atraso para adoção de medidas de isolamento social pode impactar no número de mortes em decorrência da doença.
Esse é o tema do quinto episódio da série Por que ficar em casa? A professora da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG Fernanda Cimini explica quais foram as causas dessa escalada de casos de coronavírus em território italiano, que levou o sistema de saúde do país ao colapso. Entre elas, a falta de entendimento entre a administração central do país e os governos locais em torno das medidas de isolamento social.
A série Por que ficar em casa? tem nove episódios, nos quais nove cientistas de nove diferentes áreas apresentam as evidências que embasam as medidas de isolamento social como forma de contenção do coronavírus. No primeiro episódio, o infectologista Carlos Starling falou sobre o impacto da Covid-19 sobre o sistema de saúde brasileiro.
No segundo episódio, o cientista político Eduardo Marques, da USP, mostrou por que as condições precárias de habitação no Brasil representam um entrave para o isolamento apenas dos chamados grupos de risco.
O tema do terceiro episódio, com a professora da Escola de Enfermagem da UFMG Deborah Carvalho Malta, foi a alta incidência de doenças crônicas entre os brasileiros. Elas representam um fator de risco para infecção pelo coronavírus e é mais um motivo para que as pessoas fiquem em casa.
No quarto episódio da série, as lições da história. A professora Myriam Bahia Lopes, da Escola de Arquitetura da UFMG, coordenadora do Núcleo de História da Ciência e da Técnica da UFMG contou com a cidade de Leicester, na Inglaterra, conseguiu conter a epidemia de varíola no século 19 graças à medidas de higiene pessoal e isolamento social.
Amanhã (28/04), no sexto episódio, o professor do Departamento de Matemática da UFMG Ricardo Takahashi traz projeções que apontam para a necessidade das medidas de isolamento. A série pode ser ouvida no rádio (frequência 104,5 FM), no Programa Conexões (das 9h às 12h), no site da emissora hospedado no Portal UFMG e pelo IGTV do perfil da emissora no Instagram.