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Direita de Sebastián Piñera​ lidera corrida presidencial​ no Chile

Candidato governista​ de esquerda Alejandro Guillier​ aparece logo atrás; chilenos vão às urnas no domingo

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Favoritos ao comando do Chile: Piñera (à direita) e Guillier (à esquerda)
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Neste domingo, os chilenos vão às urnas escolher o sucessor de Michelle Bachelet. Os principais candidatos são Sebastián Piñera, ex-presidente de direita, que lidera as pesquisas de intenção de voto, e o candidato governista de esquerda, Alejandro Guillier. Em terceiro lugar nas pesquisas, está Beatriz Sánchez, da frente de esquerda alternativa. No total, são oito candidatos e o voto é facultativo.

Desde 2006, o comando do país vem se alternando entre Bachelet e Piñera. "O Chile é um país marcado pela pouca renovação política. Há pouco espaço para o surgimento de candidaturas independentes ou candidaturas situadas fora dos dois blocos políticos tradicionais", comenta Talita Tanscheit, doutoranda em ciência política pela UERJ e integrante do Observatório Político Sul-Americano.

Talita pondera que apesar da baixa aprovação de Bachelet, seu governo foi marcado por avanços, com reformas que afastaram a herança política do ditador Augusto Pinochet, que deixou o poder no início dos anos 1990. "Esse governo de Bachelet foi o mais importante da democracia chilena, com a realização das reformas educacional, tributária e trabalhista, modificação do sistema eleitoral, aprovação da descriminalização do aborto e da união civil. Talvez tenha ocorrido um problema de comunicação e desgastes internos, além de todo um contexto internacional desfavorável a governos progressistas", acredita ela.

Caso a vitória de Piñera seja confirmada, os chilenos devem esperar por mais políticas de austeridade, além de retrocessos nas recém-aprovadas reformas trabalhista e educacional, prevê a pesquisadora.

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Entrevista veiculada no Jornal UFMG desta sexta-feira, 17 de novembro de 2017.