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Em sarau ‘Sensorial’, Brisa Marques convida público a explorar a poesia através dos sentidos

Evento marca volta do ‘Sarau Literário’, do Sesc Palladium, de forma presencial

Brisa Marques (foto) convidou a artista de dança Renata Mara e o músico Felipe José para a iniciativa cheia de experimentação e improviso
Brisa Marques (foto) convidou a artista de dança Renata Mara e o músico Felipe José para a iniciativa cheia de experimentação e improviso Clarice Panadés

Um sarau que busca estimular no público os cinco sentidos humanos em relação à linguagem poética. Essa é a proposta que a jornalista, escritora e compositora Brisa Marques trouxe em Sensorial, evento que marcou a volta do Sarau Literário ao Sesc Palladium de forma presencial nessa quarta-feira, 29. A experiência foi realizada em diálogo entre diferentes manifestações artísticas. Como convidada principal, Brisa Marques teve a companhia da artista de dança, docente e pesquisadora em dança contemporânea Renata Mara e do músico, multi-instrumentista, compositor, educador e ativista cultural Felipe José. 

Para falar mais sobre a edição de setembro do Sarau Literário, a artista e comunicadora Brisa Marques foi a entrevistada do programa Universo Literário dessa terça, 28. Ela contou sobre a preparação para o evento, a escolha dos convidados e a expectativa de voltar a fazer uma performance desse tipo de maneira presencial, mesmo que com público reduzido. A entrevistada, que comentou não se ater tanto à proposta dos cinco sentidos por acreditar que temos infinitos, compartilhou sobre sua visão de arte, que tem passeado por manifestações das mais diversas.

“Eu sinto que estou em um caminho de aprendizado e que a cada momento me traz novos desafios, novas possibilidades. Eu vejo a palavra como um ponto fundamental do meu trabalho. Eu consigo atravessar e criar vaias pontes a partir da palavra. [O videopoema] O corpo que habito foi uma dessas experiências. Eu como compositora sinto mais tranquilidade e conforto para me identificar como letrista, apesar de que às vezes vem algumas melodias e eu tento fazer essa busca de pensar a palavra também como música, não só a palavra falada. Agora eu tenho experimentado um ateliê de criação e dramaturgia em ópera, por exemplo, eu percebo que a poesia pode estar em todos esses lugares. Aliás, a poesia pode estar no nosso cotidiano, isso depende de como a gente olha o mundo e eu acho que a gente tem precisado olhar o mundo com essas lentes da poesia para a gente até poder criar, assim,  novas realidades. Porque essa que a gente convive, essa banalidade do dia a dia nem sempre nos faz bem, então, acho que a gente está precisando se cuidar. E uma possibilidade da saúde que estamos buscando pode vir através da arte”, refletiu.

Ouça a entrevista completa pelo Soundcloud.

Para acompanhar as edições mensais do Sarau Literário e a programação cultural do Sesc Palladium, acesse o site do espaço.

Produção: Alexandre Miranda e Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael e Alessandra Dantas
Publicação: Alessandra Dantas