Institucional

Estreante, UFMG se destaca em ranking que avalia desempenho no cumprimento dos ODS

Universidade aparece como a melhor instituição brasileira nos ODS 3 (Boa Saúde e Bem-estar) e 10 (Redução de Desigualdades), segundo a Times Higher Education

Vista aérea do campus Pampulha:
Vista aérea do campus PampulhaFoto: Foca Lisboa | UFMG

A UFMG figura entre as 25% melhores instituições do mundo em sua estreia no University Impact Rankings (edição 2024), que avalia o desempenho de instituições de ensino superior de todo o mundo em ações relativas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. A classificação, organizada pela Times Higher Education (THE), foi divulgada na quarta-feira, dia 12, em evento em Kuala Lampur, capital da Malásia.

Esta é a sexta edição do ranking, e a UFMG, em sua participação inaugural, alcançou a posição 401-600, obtendo a nota 75,4 (em 100), o que a coloca entre as 25% melhores universidades do mundo. Foram avaliadas 2.152 instituições de 125 países.

O regulamento do ranking estabelece que as universidades participantes devem, obrigatoriamente, informar dados sobre o ODS 17 (parcerias internacionais para uma educação sustentável) e escolher, a seu critério, outros três Objetivos. Cada instituição deve preencher um minucioso questionário com informações sobre pesquisa, ensino, extensão e governança universitária e relacionar essas dimensões ao estágio de implementação dos ODS em suas atividades.

Destaques
A participação da UFMG centrou-se na escolha de nove ODS (1, 2, 3, 4, 5, 8, 10, 16, 17), e a Universidade se destacou em quatro: ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), ODS 3 (Boa Saúde e Bem-estar), ODS 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico) e ODS 16 (Paz, Justiça e Instituições Fortes). Neles, a UFMG se posicionou na faixa 101-200, “ou seja, entre as 10% melhores do mundo”, sublinha o diretor para Governança de Dados Institucionais, professor Dawisson Belém Lopes.

Em outros dois Objetivos – ODS 1 (Erradicação da Pobreza) e ODS 10 (Redução das Desigualdades) –, a UFMG ficou na faixa 201-300, entre as 15% melhores do mundo. Além disso, aparece como a melhor instituição brasileira nos ODS 3 (Boa Saúde e Bem-estar) – ao lado da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) – e 10 (Redução de Desigualdades), juntamente com a Universidade Nove de Julho (Uninove), de São Paulo, figurando também como a segunda melhor da América Latina no mesmo critério. No ODS 16 (Paz, Justiça e Instituições Fortes), a UFMG se posicionou como a segunda melhor universidade do país.

“Foi a nossa primeira participação, e as possibilidades de crescimento em rankings futuros são muito animadoras”, avalia Dawisson Lopes. “Já na próxima rodada, o THE Impact Rankings de 2025, pretendemos ampliar a participação da UFMG e coletar dados para outros ODS”, antecipa o diretor.

Impacto da atuação social
Na avaliação da reitora Sandra Regina Goulart Almeida, o ranking de impacto da THE centrado nos ODS representa um avanço em relação às classificações mais tradicionais. “Ele consegue captar melhor o alcance de nossa atuação social, inclusive por meio da extensão, que é uma dimensão muito forte na UFMG e em outras universidades brasileiras, ao avaliar o desempenho em questões como  o combate à fome e às desigualdades e a promoção da paz e da justiça”, exemplifica a reitora.

A questão do impacto local e global das universidades vem recebendo atenção especial da direção da UFMG. A reitora Sandra Goulart tem participado de agendas internacionais dedicadas ao tema e integra a Sustainable Development Solutions Network (SDSN), rede das Nações Unidas que visa promover os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, sob a liderança do professor Jeffrey Sachs, da Universidade de Columbia, dos EUA.

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