Direitos humanos, eugenia, população carcerária. Essas palavras e a forma como elas se relacionam foram tema de discussão nos últimos dias em nosso país. Na última sexta-feira, 26, a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) fez uma transmissão ao vivo pelas redes sociais para discutir os maus tratos aos animais e recebeu como convidada a artista Xuxa Meneghel, ativista do movimento vegano. 

Na live, Xuxa defendeu, entre outras ideias, que os testes de vacinas e medicamentos deveriam ser feitos, de forma compulsória, na população carcerária, alegando que essa seria uma forma de essas pessoas repararem o mal que haviam feito à sociedade. Acrescentou a isso uma crítica ao “pessoal dos direitos humanos”, que, segundo ela, não aprovaria a ideia. Essas ideias ganharam aprovação do apresentador da live, que concordou com todas as falas. A declaração da artista rendeu debates sobre eugenia e violação de direitos humanos. Após duras críticas, Xuxa voltou às redes sociais e fez um pedido de desculpas, assumindo ter errado. 

Nesta terça-feira, 30, o programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, apresentou uma reflexão sobre o tema, em entrevista com a professora Mariah Brochado, da Faculdade de Direito da UFMG. A professora, que é diretora de Direitos Humanos do Instituto de Direito e Inteligência Artificial do Estado de Minas (Ideia), falou sobre direitos humanos, eugenia e direitos da população carcerária.