Saúde

HC busca voluntários para pesquisa sobre medicamento contra a hiperoxalúria entérica

Serão avaliadas a segurança e a efetividade do reloxaliase

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Fachada do Hospital das Clínicas da UFMGDivulgação | HC- UFMG

O Hospital das Clínicas (HC) da UFMG busca pacientes voluntários para uma pesquisa que avaliará a segurança e a efetividade do Reloxaliase, uma promissora medicação para o tratamento da hiperoxalúria entérica, doença causada pelo excesso de oxalato no organismo.

O estudo, que deve durar de dois a cinco anos, está sendo realizado em várias partes do mundo. Para se candidatar, é preciso ser maior de 18 anos, ter histórico de cálculo renal nos últimos dois anos e ser portador de doença inflamatória intestinal ou condição entérica associada à má absorção gastrointestinal, como doença de crohn, retocolite ulcerativa, doença celíaca, síndrome do intestino curto, insuficiência pancreática ou cirurgia bariátrica malabsortiva, entre outras.

Portadores dessas patologias são mais propensos a desenvolver hiperabsorção intestinal de oxalato, substância encontrada em vários alimentos, que é parte do produto final da metabolização de aminoácidos e carboidratos. Uma vez absorvido, o oxalato não sofre qualquer processo de metabolização posterior, sendo excretado em excesso na urina, o que favorece a formação de cristais e cálculos renais. 

“Além do enorme desconforto provocado pelas cólicas, há o risco de infecções urinárias de repetição, nefropatia por oxalato e lesão com comprometimento importante da função renal”, explica a nefrologista do HC Rosângela Milagres, pesquisadora responsável pelo estudo.

Proposta inédita de tratamento
Até o momento, inexiste tratamento efetivo para a hiperoxalúria entérica. O estudo que será realizado no HC tem uma proposta inédita de tratamento: o medicamento seria capaz de se ligar ao oxalato, promovendo sua degradação e excreção nas fezes e minimizando a absorção da substância pelo intestino. “Estudos prévios mostraram que a medicação é segura, e os resultados são bastante promissores”, afirmou Rosângela Milagres.

Os voluntários selecionados receberão, gratuitamente, a medicação necessária. Eles também contarão com suporte clínico-laboratorial e monitoramento da equipe de pesquisadores do HC e serão orientados sobre a doença. O voluntário e seu acompanhante não terão que arcar com os custos de transporte, acomodação e refeições nos dias das visitas à equipe médica.

Interessados podem entrar em contato pelo whatsapp: (31) 99910-5964.

Assessoria de Comunicação do Hospital das Clínicas da UFMG