Insatisfação de adolescentes com ensino remoto pode levar à evasão
Programa 'Aqui tem ciência' aborda dissertação defendida na FaE que analisou as dificuldades impostas pelo fechamento das escolas públicas de Belo Horizonte
Com as escolas fechadas por causa da pandemia, adolescentes da rede pública enfrentam dificuldades para continuar os estudos, que abrangem desde a falta de equipamentos para o ensino remoto até a falta de concentração durante as aulas. Nesse cenário, eles têm-se mostrado insatisfeitos com os estudos, o que eleva o risco de evasão escolar. Por isso, é preciso que os gestores implementem políticas para a redução das desigualdades no ensino. A conclusão é do psicólogo Marcos Mendes, em dissertação de mestrado defendida na Faculdade de Educação da UFMG.
Mendes trabalhou na área da psicologia em escolas por quatro anos. Essa vivência despertou seu interesse em estudar os processos de exclusão no âmbito das instituições de ensino, e com essa ideia ele iniciou o mestrado ainda antes da pandemia. Com o advento do novo coronavírus, a dissertação teve que ser replanejada. Ele decidiu investigar os efeitos da covid-19 sobre os adolescentes e mudou a metodologia de pesquisa. As rodas de conversa no espaço da escola, previstas inicialmente, tiveram de ser substituídas por videochamadas.
Ao colher relatos dos estudantes, a pesquisa também evidencia o papel que a escola ocupa na vida dos adolescentes como um local importante para a definição de um rumo na vida. Saiba mais no novo episódio do Aqui tem ciência, da Rádio UFMG Educativa:
Raio-x da pesquisa
Dissertação: Adolescência, escola e pandemia: contribuição da psicanálise à educação
O que é: pesquisa que analisou os efeitos da pandemia e do fechamento das escolas para a educação de adolescentes de escolas públicas.
Pesquisador: Marcos Venâncio Mendes
Programa: Educação
Orientadora: Mônica Maria Farid Rahme
Co-orientadora: Libéria Rodrigues Neves
Ano da defesa: 2021
Financiamento: CNPq
O episódio 73 do programa Aqui tem ciência é apresentado por Beatriz Kalil e produzido por Paula Alkmim. Os trabalhos técnicos são de Breno Rodrigues.
O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da emissora apresenta os resultados de um trabalho de pesquisa da Universidade.
O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast como o Spotify e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.