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Maria Isabel Bordini lança seu romance de estreia, ‘Hundo’

Doutora em Estudos Literários pela UFMG, escritora começou a trabalhar no livro há 10 anos

A obra é permeada por temáticas como relações de gênero e raça, dentro de um contexto próprio da sociedade brasileira
Obra é permeada por temáticas como relações de gênero e raça, dentro de um contexto próprio da sociedade brasileira Editora Kotter/Divulgação

Hundo é o romance de estreia de Maria Isabel Bordini, doutora em Estudos Literários pela UFMG e professora de literatura na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os primeiros rascunhos da publicação surgiram originalmente há mais de 10 anos, durante o bacharelado da autora em direito na Universidade Federal do Paraná (UFPR). O enredo foi escrito enquanto a escritora lecionava literatura na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), e a obra recebeu seu capítulo final pouco tempo atrás, durante a quarentena. 

A história é protagonizada por duas jovens, Antonia, também chamada de Nina, e “a outra”, que apesar de não receber um nome, é a narradora de grande parte da trama. A narrativa é repleta de camadas e nuances, acompanhando dilemas, desencontros e traumas de Nina, além de dramas individuais, como relações pessoais e profissionais, que acabam por esbarrar em questões de gênero, classe e raça. Quem contou mais sobre o romance, em entrevista ao programa Universo Literário desta sexta-feira, 28, foi a própria autora de Hundo, a escritora, doutora em Estudos Literários pela UFMG e professora de literatura na UFSC, Maria Isabel Bordini.

A convidada contou como começou na literatura e falou do processo de desenvolvimento do livro ao longo dos anos, detalhando sua rotina de escrita e a forma como isso passou a se tornar algo central em sua vida. O título do romance é uma palavra que vem do esperanto, que significa cachorro. A autora falou um pouco sobre o idioma e explicou que sua intenção era colocar na história um personagem que não fosse humano. Sobre as personagens e o formato da narrativa, Bordini afirmou que foram construídas de forma que só é possível conhecer uma através da outra. 

As questões raciais e de gênero se manifestam na obra, mas não são o centro da história. “Eu tentei fazer uma história em que essas questões estivessem colocadas dessa forma mais sutil, justamente para que a vida das pessoas, a história, a narrativa em si, se sobressaíssem”, explicou a professora, que já está trabalhando num segundo livro. A nova publicação, por sua vez, vai retratar temas pertinentes a experiências das mulheres, pensando nas condições específicas da sociedade brasileira.
Ouça a entrevista completa no Soundcloud.
Hundo, de Maria Isabel Bordini, é publicado pela Kotter, e pode ser encontrado no site da editora.

Produção: Alexandre Miranda e Nicolle Teixeira, sob orientação de Luiza Glória
Publicação: Enaile Almeida, sob orientação de Hugo Rafael