Minas Gerais ocupa a segunda posição do ranking nacional de assassinatos de transexuais
Foram registradas 20 mortes em 2017 segundo o Instituto Brasileiro Trans de Educação
Entre os transexuais, as mulheres trans, negras e profissionais do sexo são as principais vitimas de violência no Brasil. É o que aponta a pesquisa desenvolvida pelo Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE), que gerencia as pesquisas do Observatório Trans. Só em Minas, 20 transexuais foram assassinados no último ano. O número, que duplicou em relação a 2016, coloca o Estado na segunda posição do ranking nacional de homicídios, atrás apenas de São Paulo, com 21 crimes.
Na avaliação da vice-presidente do IBTE, Sayonara Nogueira, a população trans necessita de muitas políticas públicas, mas para as demandas serem atendidas, o poder público precisa primeiro produzir pesquisas qualificadas sobre os transexuais, o que até o momento não existe. Sayonara Nogueira também chama atenção para um dado do estudo: 65% das pessoas trans assassinadas em 2017 tinham como principal fonte de renda a prostituição.
A vice-presidente do CELLOS Minas Gerais, ONG que atua em prol da cidadania dos LGBTS, Anyky Lima, também acredita que é necessário dar mais espaço no mercado de trabalho para as mulheres trans e oferecer ambientes seguros.