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Mostra destaca a importância da luta antimanicomial no país

'Nos porões da Loucura' promover reflexão sobre avanços e retrocessos ao longo dos anos

Espetáculo Nos Porões da Loucura
Espetáculo Nos Porões da Loucura André Fossati / Divulgação

O Holocausto brasileiro – assim ficou conhecida a atuação do Hospital Psiquiátrico Colônia de Barbacena, no século passado. Fundado em 1903, com capacidade para 200 leitos, o hospital abrigava uma média de cinco mil pacientes e praticou o genocídio em massa, especialmente entre as décadas de 60 e 80: foram 60 mil pessoas exterminadas pela instituição. 

Com a participação de diversas pessoas que contaram a história dos manicômios brasileiros (em livros, filmes, imagens e espetáculo), será aberta nesta sexta-feira, 4, em Belo Horizonte, a mostra Nos Porões da Loucura. O objetivo do evento é destacar a importância da luta antimanicomial e promover reflexão sobre os avanços e retrocessos verificados no país ao longo dos anos.

“Infelizmente, os porões ainda estão por aí. Os hospitais psiquiátricos ainda mantêm uma forma de tratamento que nem sempre é o melhor tratamento”, defendeu Ana Gusmão, curadora e produtora da mostra Nos Porões da Loucura, em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa.

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A mostra vai até o dia 27 de maio, no Teatro Marília (Avenida Professor Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia), com programação que inclui debates, exibições de filmes e exposição. 

A entrada é franca para a maior parte das atividades (com exceção do espetáculo que leva o nome da mostra, cujos ingressos serão vendidos a preços populares na bilheteria). Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3277-6319 ou consultadas no site da mostra.