Numa sociedade organizada, as pessoas anseiam por uma representatividade direta, principalmente numa sociedade como a Brasileira onde a diversidade é uma variável importante e peculiar. Sei que não posso representar a gama de supostas “minorias” que existe, mas posso ser um captador dessas demandas partindo da comunidade LGBT e fazendo essa interseção junto aos outros problemas sociais que afetam a população. A comunidade LGBT precisa de ter alguém para levar suas necessidades e transformar isso legalmente porque é uma comunidade perseguida e com peculiaridades que merecem atenção, por isso a importância das candidaturas LGBT.
Como avalia a gestão municipal do prefeito Márcio Lacerda no que diz respeito a políticas voltadas para LGBTs?
A gestão municipal tem poucos projetos de atendimento ao público LGBT a nível municipal. Eles existem mas não são expressivos e eficazes, deixando várias lacunas por não ter exatamente uma legislação que faça com que as demandas sejam atendidas. Considero as ações medianas, faltando um pouco mais de vontade do executivo mas acredito que o legislativo também tenha que se modelar quanto à cobrança dessas políticas junto à Prefeitura.
Quais projetos devem ser priorizados em um eventual mandato?
O descaso com os Direitos Humanos e a população LGBT, assim como a população periférica, faz com que voltemos nossos olhos para essa parcela da população. Mas não nos prendemos somente a questões humanistas. Sabemos que um mandato coletivo como o nosso tem que estar aberto ao diálogo para atuarmos em todas as áreas, mas priorizaremos a defesa dos Direitos Humanos, da comunidade LGBT e das minorias marginalizadas.