Exposição de Leandro Erlich brinca com o cotidiano e coloca o público em situações de estranheza
‘A Tensão’ conta com 19 instalações de grande porte do artista argentino
Obras que só existem em conexão com o visitante, em um jogo entre o que a mente sabe e o que os sentidos percebem. Esse é o convite da exposição A Tensão, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte. A mostra é uma produção do argentino Leandro Erlich e propõe que o público estranhe, ao mesmo tempo em que se mantém atento ao que vivencia ali. Algumas experiências possíveis entre as 19 instalações são entrar em uma piscina sem se molhar e sentar em uma sala de aula e ver refletida no espelho a imagem do ambiente e do próprio espectador modificadas. Outra característica das obras é a de ativar o modo de vida contemporâneo, com incentivo aos espectadores para registrarem suas visitas nas redes sociais.
Nessa quinta-feira, 23, o programa Noite Ilustrada recebeu com o curador da mostra, Marcello Dantas. Ele definiu a arte de Erlich como "uma dúvida sobre olhar uma coisa e acreditar em outra". O nome da exposição, A Tensão, parte da mesma ideia, fazendo uma brincadeira com a sonoridade das palavras. Segundo Dantas, a dicotomia presente no título perpassa por todas as instalações e é o fator diferencial da obra do argentino, que é conhecido e premiado internacionalmente por seu trabalho dentro e fora de seu país.
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A Tensão segue em cartaz até 22 de novembro no Centro Cultural Banco do Brasil, localizado na Praça da Liberdade, 450, Funcionários, em Belo Horizonte. A entrada é gratuita e o museu está aberto de quarta a segunda, das 10h às 22h. Para acesso ao prédio, é necessária a emissão de ingresso através do site.
Produção: Maron Filho e Laura Portugal, sob orientação de Alessandra Dantas e Hugo Rafael
Publicação: Carlos Ortega, sob orientação de Alessandra Dantas