Flávio Fonseca, do ICB, explica nova onda de contágio pelo coronavírus
Na ausência de vacina ou droga eficaz para tratamento, restrições de circulação e medidas sanitárias são as únicas ações viáveis contra a doença
O aumento de casos de contaminação em países que já haviam diminuído as medidas de distanciamento social – na última semana, países europeus como Espanha, Bélgica, Alemanha e França voltaram a impor restrições de circulação de pessoas para conter os novos surtos da covid-19 – fez crescer as discussões acerca da segunda onda de contágio do novo coronavírus. Japão e Austrália também registram números expressivos de novos casos, mesmo com a rápida implementação de ações de controle quando a pandemia foi declarada, o que confirma que o controle da doença é um desafio mesmo para nações que já haviam enfrentado números maiores.
O fenômeno dos novos picos de contágio após controle e relaxamento das medidas restritivas revela a dificuldade em escala global no enfrentamento do Sars-CoV-2. “Até que apareça uma vacina ou medicamento eficaz para o tratamento da doença, nós só temos ações não farmacológicas para tentar evitar a dispersão e as novas ondas epidêmicas”, afirma o professor Flávio Fonseca, do Departamento de Microbiologia do ICB, em vídeo enviado à TV UFMG.
Entre essas ações, estão o distanciamento social e o cumprimento das normas sanitárias, como a higienização adequada das mãos e de superfícies que possam ter tido contato com o vírus, uso de máscara e isolamento em caso de manifestação de sintomas.
Ficha técnica: Vitória Fonseca (produção), Otávio Zonatto (edição de imagens) e Renata Valentim (edição de conteúdo)