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Programa Conexões analisa crise política haitiana e assassinato do presidente do país

Em entrevista, professor de relações internacionais da Unila fez um panorama político do país

Relatório da Unicef estima que 95 gangues armadas controlam grandes territórios de Porto Príncipe, a capital do Haiti
Relatório do Unicef estima que 95 gangues armadas controlem grandes territórios da capital Porto PríncipeReprodução / Wikipedia

Na última quarta-feira 7, o presidente eleito do Haiti, Jovenel Moise, foi morto durante um ataque em sua casa, que foi invadida por um grupo de pessoas não identificadas. Moïse tinha 53 anos e estava no poder desde fevereiro de 2017, depois que seu antecessor, Michel Martelly, deixou o cargo. O assassinato do chefe de Estado haitiano ocorreu em um cenário conturbado e cada vez mais agravado de crise política. Na última semana, em um ataque coordenado, pelo menos 20 pessoas ligadas ao governo ou à oposição foram mortas na capital do país, Porto Príncipe. A ONU declarou que a violência no país atingiu "níveis sem precedentes". 

O programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, desta sexta-feira, 9, recebeu o professor Fernando Romero Wimer, dos cursos de graduação e pós-graduação em relações internacionais da Universidade Federal da Integração Latino-americana (Unila). Na conversa com a jornalista Luíza Glória, ele abordou o cenário de crise política do Haiti e a falta de interesse da comunidade internacional na situação do país latino-americano. 

“Uma preocupação relativa ao cenário haitiano é sobre o que vai acontecer com a eleição marcada para setembro e se haverá uma representação expressiva dos cidadãos do país, para que não se crie novamente uma desconfiança sobre o governo eleito ou para que as eleições não sejam alegadas como fraudulentas”, afirmou.

Produção: Laura Portugal, sob orientação de Luíza Glória

Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael