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Programa Conexões discute a nova classificação da OMS que coloca a velhice como doença

A nova classificação foi aprovada em 2019 e entrará em vigor em 2022

De 2020 a 2030 está sendo considerada a década do envelhecimento saudável
De 2020 a 2030 está sendo considerada a década do envelhecimento saudável Reprodução / Pexels

A partir de janeiro de 2022, entrará em vigor a nova Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, mais conhecida como CID. Uma das mudanças previstas é a classificação da velhice como doença. 
A decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) vem sendo criticada por especialistas, pois a medida pode reforçar uma visão pejorativa do envelhecimento, além de ter impactos no controle de outras doenças que podem se manifestar com a idade mais avançada e correm o risco de serem encobertas, já que poderão ser simplesmente classificadas como velhice.

O programa Conexões desta segunda-feira, 26, conversou sobre o tema com o professor Marco Túlio Cintra, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG e também vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Durante a entrevista cedida à jornalista Alessandra Ribeiro, o geriatra explicou possíveis impactos dessa mudança.

“Já existia um CID de senilidade, mas essa não é uma mera troca. Senilidade é uma morte por um processo patológico. Velhice é um falecimento por um esgotamento do limite genético, que é raro. Então a troca coloca um código de doença para um processo natural de envelhecimento”, explicou. 

Produção: Alessandra Ribeiro 
Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Luíza Glória