Projeto da Escola de Arquitetura auxilia atingidos pela tragédia de Mariana
'Cartografias do Rio Doce' busca garantir maior protagonismo dos moradores nos processos de reparação do desastre
Nessa segunda-feira completam-se três anos do desastre ambiental mais devastador do Brasil, e o maior do mundo envolvendo barragens de rejeitos: o rompimento da barragem de Fundão em Bento Rodrigues, distrito de Mariana. Na tarde de 5 de novembro de 2015, a barragem se rompeu, liberando uma enxurrada de mais de 60 milhões de metros cúbicos de lama e de rejeitos provenientes da extração de minério de ferro na região. A tragédia causou a morte de dezenove pessoas, um desaparecimento, deixou centenas de pessoas desalojadas e destruiu o distrito de Bento Rodrigues, além de prejudicar outras cidades localizadas à margem do Rio Doce, cujas águas ficaram sujas por causa da lama. Três anos depois, os prejuízos ambientais ainda não foram totalmente calculados, os processos movidos pelos atingidos se arrastam na Justiça e as vítimas da tragédia ainda lutam por indenizações.
Mas tem gente tentando fazer alguma coisa sobre isso. O projeto de extensão Cartografias Emergentes da Escola de Arquitetura da UFMG tem uma frente de ação chamada Cartografias do Rio Doce, com foco no município de Barra Longa e com atuação em Mariana. O projeto busca investigar a produção do espaço e do ambiente, através de coleta de dados e do contato com comunidades em vulnerabilidade social.
O estudante bolsista do projeto de extensão Cartografias Emergentes do Rio Doce, da Escola de Arquitetura, Raul Lemos dos Santos, conversou com o programa Expresso 104,5, da rádio UFMG Educativa.
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