Pesquisa e Inovação

Professora da ECI recomenda ações de cibersegurança no trabalho feito de casa

Ana Cecília Rocha Veiga chama a atenção para a necessidade de cuidados relacionados a senhas e programas, capazes de proteger usuários e instituições

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Mudança radical provocada pela pandemia de Covid-19 exige nova postura 
webmuseu.org

Em tempo de pandemia, em que se trabalha a distância, de casa, como nunca antes, medidas de segurança relacionadas ao uso da internet são ainda mais importantes. Gestão adequada de senhas, programas atualizados e atenção com golpes em geral estão entre os cuidados que a professora Ana Cecília Rocha Veiga, da Escola de Ciência da Informação (ECI) da UFMG, recomenda. As orientações fazem parte de protocolos de cibersegurança que integram projeto mais amplo de recursos para web elaborado por ela e destinado a instituições de informação e cultura, como museus, galerias, arquivos e bibliotecas.

Ana Cecília destaca que as recomendações valem para qualquer instituição ou empresa e seus colaboradores. “No cenário atual, de teletrabalho em escala global, os crimes cibernéticos podem aumentar exponencialmente. Por isso, precisamos nos informar sobre segurança on-line”, enfatiza a professora, cujo projeto também trata de gestão digital, usabilidade e produção de conteúdo.

Para a pesquisadora, o trabalho a distância feito por tanta gente expõe as empresas e instituições e exige, por isso, nova postura. “Em muitos casos, informação e processos que circulavam em ambientes restritos, mais protegidos, são liberados para a web ampla, e protocolos podem ser mais facilmente violados”, explica Ana Cecília, que é doutora em Arte e Tecnologia da Imagem pela Escola de Belas Artes da UFMG e estuda cibersegurança há alguns anos.

Gerenciador de senhas
Segundo as orientações oferecidas pelo site webmuseu.org, idealizado e gerido por Ana Cecília Rocha Veiga, um dos pontos inegociáveis da segurança na internet é uso de senhas fortes (com, no mínimo, oito caracteres aleatórios, entre os 126 disponíveis), que devem ser trocadas frequentemente. Para o usuário que possui muitas contas (redes sociais, comércio eletrônico etc.), a recomendação é adotar um gerenciador de senhas, software que armazena, criptografa e preenche para o usuário, automaticamente, login e senha nos websites, contribuindo para que todas as senhas sejam fortes e únicas.

“Outra medida fundamental é garantir que os dispositivos (computadores, celulares, etc.) tenham somente softwares e aplicativos originais e sempre atualizados. A desatualização é uma das principais causas de fragilidade da segurança na Internet”, explica Ana Cecília, acrescentando que, no caso dos computadores, contar com um software antivírus profissional também é indispensável.

O checklist de cibersegurança contempla ainda, entre diversas recomendações, como manter, nas instituições, logins e senhas individuais e únicas para cada usuário, usar wi-fi de fonte confiável, estar sempre atento aos grupos públicos de aplicativos como o WhatsApp e prevenir-se contra golpes diversos, como os que exploram o desejo de ajudar no combate à pandemia e na proteção de populações vulneráveis. Outras orientações e sugestões de publicações para aprofundamento no assunto estão na página do projeto

Itamar Rigueira Jr.