Sinal de alerta sobre a saúde, mau hálito pode ser evidenciado pelo uso de máscara
No contexto da pandemia de covid-19, pesquisa da Faculdade de Odontologia busca voluntários na comunidade acadêmica
O uso de máscara durante a pandemia da covid-19 tem sido uma medida de prevenção do contágio e da disseminação da doença, mas também pode servir para indicar se algo não vai bem com a saúde do usuário, que assim pode perceber melhor o seu próprio hálito.
A halitose, ou o popular “bafo de onça”, tem 90% das causas relacionadas com doenças da boca, como cáries, gengivite, periodontite, saburra lingual, problemas na salivação. Mas também pode ocorrer devido a diversas alterações da saúde, como diabetes, tumores e doenças respiratórias, ou em razão de hábitos como dietas radicais ou pobres em alimentos naturais, consumo de cigarro e bebidas alcoólicas ou uso de certos medicamentos.
O doutorando Sandro Felipe Santos de Faria, do Programa de Pós-graduação em Odontologia, explica que o mau hálito não é considerado uma doença, mas, sim, uma condição, que serve como sinal de alerta sobre algo que não está bem em nosso corpo. "Há cerca de 3,5 mil anos, o médico grego Hipócrates avaliava o hálito dos pacientes como parte do exame clínico”, exemplifica.
Orientado pelo professor Luís Otávio de Miranda Cota, Sandro de Faria está desenvolvendo o estudo Percepção sobre o hálito durante a pandemia de covid-19. A comunidade acadêmica da UFMG (servidores técnico-administrativos, professores e estudantes) pode participar, ao longo deste mês, preenchendo formulário on-line.
Os voluntários podem incluir uma forma de contato, no fim da pesquisa, para obter informações e tirar dúvidas com os pesquisadores.