Nesta sexta-feira, 18, Dia Mundial da Luta Antimanicomial, a programação da Semana de Saúde Mental e Inclusão Social da UFMG abre espaço para o protagonismo dos usuários e familiares dos serviços de saúde mental, numa conversa que será transmitida ao vivo pela Rádio UFMG Educativa, no programa Conexões (frequência 104.5 FM). Imagens da conversa também serão registradas pelo Facebook da emissora. Coordenada pela Associação dos Usuários e Familiares de Serviços de Saúde Mental (Asussam), a roda de conversa ocorrerá no auditório Maria Sinno, da Escola de Enfermagem, no campus Saúde.

À tarde, o desfile de fantasias com o tema Atentas e fortes: tantãs sem temer os golpes será na Praça da Liberdade, às 14h. Dois ônibus com os foliões partirão da Escola de Belas Artes, no campus Pampulha, às 13h, e, às 13h30, do estacionamento da Faculdade de Medicina, campus Saúde.

Fantasias
As fantasias dos participantes da UFMG foram confeccionadas ao longo da semana em oficina de elaboração de trajes e adereços fabricados com tecido TNT, papel E.V.A. e tinta colorida.

Em entrevista à TV UFMG, a organizadora do evento e professora do Departamento de Terapia Ocupacional, Regina Ribeiro, deu mais detalhes sobre a proposta da oficina.

No Instituto de Ciências Agrárias, no campus Montes Claros, das 19h às 22h, o Grupo de Estudos Provocações Psicológicas promoverá o encontro (Des)Montes Claros: a memória em tempos de loucura. O grupo é formado por representantes de diferentes instituições e visa promover a aproximação entre estudantes e profissionais da área de psicologia.  

Da política à atuação
No sábado, 19, das 8h às 18h, a comunidade universitária e pessoas interessadas no tema reúnem-se em debates interdisciplinares no 1º Circuito de Colóquios em Terapia Ocupacional – Saúde Mental: da Política à Atuação.

Segundo a professora Tânia Lúcia Hirochi, coordenadora do Programa de Educação Tutorial de Terapia Ocupacional (PET-TO), responsável pelo evento, há várias lutas pela saúde mental em curso. “Falo em lutas, pois não só a luta antimanicomial exige nossa atenção. É preciso ficar atento também às políticas públicas na área da saúde. Modificações propostas recentemente, como a abertura de vagas para internação em hospital geral, por exemplo, servem de alerta sobre o risco do retorno dos manicômios”, observa.

“Como único PET de Terapia Ocupacional no país, temos a grande responsabilidade de propor aos estudantes temas que não são aprofundados nas salas de aula, como a atenção às políticas públicas. O Colóquio funcionará como espaço para debates interdisciplinares”, acrescenta Tânia Hirochi.

A programação do Colóquio inclui exibição de documentário, resgate histórico do movimento antimanicomial e discussão sobre intervenção da terapia ocupacional na saúde mental. Interessados podem se inscrever no sábado, no miniauditório da Escola de Educação Física e Terapia Ocupacional (EEFTO), campus Pampulha.

Ficha técnica do vídeo da TV UFMG
Entrevistados: Regina Ribeiro, professora do Departamento de Terapia Ocupacional da UFMG; Andrea Pais, estudante de Fisioterapia Ocupacional; Christiane Rocha Barbosa, psicóloga; Hellen Rosyane Silva, estudante de Fisioterapia Ocupacional
Produção: Otávio Alves
Reportagem: Otávio Alves e Jéssika Viveiros
Imagens: Antônio Soares e Gabriel Santana 
Edição de Imagens: Aline Garcia
Trilha: Amazement - Freedom Trail Studio