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Turismo é um dos segmentos mais impactados pela pandemia

Programa Conexões abordou, em entrevista, o impacto no turismo do interior de Minas Gerais

O governo federal pagou durante 3 meses até 80% do salário dos trabalhadores do setor
Governo federal pagou durante três meses até 80% do salário dos trabalhadores do setor Reprodução / Pexels

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo avalia que o setor turístico atua hoje com 48% da sua capacidade de geração de receitas. Segundo a entidade, as perdas mensais no turismo brasileiro já acumulam R$ 355 bilhões desde o início da pandemia, em março de 2020. Em Minas Gerais, as perdas neste mesmo período somam R$ 29 bilhões. O estado é o terceiro com o maior prejuízo no país. Os números constam no boletim Panorama Mensal do Turismo em Minas Gerais, divulgado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).

O governo de Minas começou a discutir com entidades ligadas ao turismo a retomada gradual do setor no estado. Na última sexta-feira, foi lançada a Rede Integrada de Proteção ao Turismo, iniciativa que envolve a Secult e a Polícia Militar. O objetivo é promover a segurança pública, a cultura e o turismo nos municípios mineiros, e, assim, aumentar a sensação de segurança, tanto para os turistas quanto para as cidades turísticas, que tentam se recuperar dos prejuízos dos últimos meses.

O programa Conexões desta segunda-feira, 19, abordou os impactos da pandemia no setor turístico e também as estratégias para a retomada, em entrevista conduzida pela jornalista Alessandra Ribeiro, com Allaoua Saadi, professor titular aposentado do Instituto de Geociências da UFMG (IGC) e pesquisador da área de planejamento turístico. 

“O turista que era antes um procurado como um gerador de renda foi enxergado agora como um gerador de doenças. Então, primeiro foram vários meses de perda total. À medida que os indicadores demonstraram uma baixa de contaminação, as prefeituras permitiram 50% da ocupação, com uma série de protocolos. E aí vem o segundo problema: o custo para as estruturas de hospedagem, porque inclui um investimento, em todos os quartos, de higienização forte, sabão, álcool 70%. Então, ao mesmo tempo há uma diminuição drástica da receita e um aumento do investimento”, explicou.

Produção:  Alessandra Ribeiro e Laura Portugal, sob orientação de Luiza Glória

Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael