O Brasil registrou 24 ataques a escolas em 22 anos, sendo que mais da metade deles ocorreu nos últimos quatro anos. Esse período foi marcado pela ascensão da extrema-direita, por constantes ataques à educação e ameaças às universidades e instituições de ensino superior, em especial as públicas, atingidas, entre outras coisas, por dezenas de cortes orçamentários. Os dados sobre os ataques foram divulgados nesta semana pelo Instituto Sou da Paz.

O aumento dos ataques em escolas de ensino básico tem mobilizado autoridades, pesquisadores e especialistas, que buscam compreender o fenômeno e entender como lidar com ele. Nesse contexto, a UFMG promove, na próxima segunda-feira, 29 de maio, o evento Por uma cultura da paz: combate à violência na educação e à desinformação. 

A atividade, que será transmitida pelo canal da Universidade no YouTube, vai reunir, na Sala de Sessões do prédio da Reitoria, especialistas em segurança pública e em desinformação. Marcado para as 10h, o debate terá abertura da reitora Sandra Regina Goulart Almeida.

Os conferencistas são a professora da Faculdade de Educação Valéria Oliveira, pesquisadora do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da UFMG, o professor da Faculdade de Direito Fernando Jayme, representante da Universidade no Conselho de Defesa dos Direitos Humanos de Minas Gerais, e a professora do Departamento de Comunicação Social da Fafich Geane Alzamora, coordenadora do Programa UFMG de formação cidadã em defesa da democracia.

Criminalidade e segurança
Vinculado ao Departamento de Sociologia da UFMG, o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp), desenvolve pesquisas e forma pessoal especializado nas áreas de criminalidade e segurança desde a década de 1980. O pioneirismo, o volume e a qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelo Crisp tornaram o centro de pesquisas uma referência nacional na análise e no desenvolvimento de iniciativas focadas no estudo da violência e da criminalidade no Brasil.

Formação cidadã
O Programa UFMG de formação cidadã em defesa da democracia, lançado pela UFMG em setembro de 2022, em consonância com o Programa de combate à desinformação do Supremo Tribunal Federal (STF), reúne grupos e projetos de pesquisa da Universidade, nas mais diversas áreas. O programa da UFMG tem a contribuição de grupos como o Observatório da Democracia Brasileira, sediado na Faculdade de Direito, do Observatório das Eleições e da Democracia 2022, instalado na Fafich, e o Pensar a Educação Pensar o Brasil, da Faculdade de Educação.