Livro descreve experiências de letramento no período colonial
Lançada pela Editora UFMG, obra trata da educação na América portuguesa com foco na administração, nas instituições e na cultura escrita
O período colonial ainda é o menos estudado quando se trata da história da educação no Brasil, mas essa realidade tem mudado. Estudiosos encontram abundância de fontes, sobretudo no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e em Portugal, e atuam em núcleos como o Grupo de Pesquisa Cultura e Educação nos Impérios Ibéricos (CEIbero), que tem forte participação de pesquisadores da UFMG. O grupo acaba de lançar o livro Cultura e educação na América portuguesa (Editora UFMG), com trabalhos apresentados no primeiro colóquio sobre o tema, realizado em 2012, na Universidade.
Concentradas no século 18 e atentas aos significados da presença do Brasil no Império português, as investigações concentram-se em três grandes temas: o efeito das reformas iluministas sobre a administração da colônia, o papel das instituições de diversas naturezas e a presença da cultura escrita.
“Acreditamos que é fundamental pensar a história da educação sempre articulada com outros campos da historiografia. Congregamos estudos sobre instituições religiosas, educação escolar e produção de livros, entre vários outros aspectos”, afirma Thais Nívia de Lima e Fonseca, professora da Faculdade de Educação da UFMG, coordenadora do grupo de estudos e organizadora do volume, ao lado de Antonio Cesar de Almeida Santos, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Um panorama das experiências relatadas na obra é apresentado em matéria publicada na edição 2.086 do Boletim UFMG, que circula nesta semana.