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Pesquisa da UFMG monitora bebês nascidos com anticorpos para covid-19

Coleta é feita na mesma amostra de sangue da triagem neonatal

Uma pesquisa inédita da Faculdade de Medicina da UFMG tem como objetivo acompanhar e entender qual é o impacto da exposição de gestantes ao coronavírus e também no desenvolvimento neuropsicomotor das crianças infectadas por Covid, durante os primeiros dois anos de vida. A iniciativa é do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico(Nupad), da UFMG, em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia e a Secretaria de Saúde de Minas Gerais.  

De acordo com a professora do Departamento de Pediatria e coordenadora da pesquisa, Claudia Lindgren, a coleta de possíveis anticorpos contra o Sars-Cov-2 é feita na mesma amostra de sangue que é realizada na triagem neonatal, o teste do pezinho, feita na primeira semana de vida do bebê. A professora cita que qualquer mãe, que estiver nas cidades que fazem parte do estudo, como Contagem, Nova Lima, Uberlândia, Itabirito e Ipatinga, e for junto com o seu bebe fazer o teste do pezinho, pode participar da pesquisa.  

A coleta dos dados teve início em abril de 2021 e, desde então, já foram examinados o sangue de 1724 recém nascidos e suas mães. A jornalista e mãe da Ana Cecília, Fernanda Morais, participou da pesquisa e descobriu que sua filha já nasceu com os anticorpos contra a Covid. De acordo com Fernanda, ela contraiu o vírus quando estava com quatro meses de gestação e conseguiu se vacinar no início deste ano. Agora, ela mantém contato com uma pesquisadora e a previsão é que Ana Cecília seja acompanhada durante dois anos. 

 A professora Claudia Lindgren explica que a pesquisa é muito importante uma vez que reforça a necessidade das medidas de prevenção, como o uso contínuo da máscara, uso do álcool em gel, distanciamento social, para proteger a sociedade como um todo, especialmente as gestantes e seus bebês.  

Equipe: Maria Carolina Martins (produção); Marcia Botelho  (edição de imagens); Naiana Andrade (edição de conteúdo)