Pesquisa e Inovação

Tese questiona centralidade da Presidência na distribuição de recursos

Trabalho premiado pela UFMG demonstra influência dos partidos na tomada de decisões do executivo federal

O pesquisador Fernando Meirelles
Fernando Meireles: menção honrosa no Prêmio Capes de Tese Foto: acervo pessoal

O que presidentes da República precisam fazer para conseguir governar no Brasil? A visão dominante dos estudos da Ciência Política sustenta que as decisões sobre a distribuição de recursos nos governos estão centralizadas na Presidência. No entanto, o pesquisador Fernando Meireles, autor da tese A política distributiva da coalizão, argumenta que, ao oferecer ministérios aos partidos políticos em troca de apoio no Parlamento, presidentes compartilham a gestão desses recursos com as coligações.

A tese foi defendida no Programa de Pós-graduação em Ciência Política da UFMG, sob orientação do professor Carlos Ranulfo. O trabalho recebeu menção honrosa na edição 2020 do Prêmio Capes de Tese, promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, e foi vencedor do Grande Prêmio UFMG de Teses 2020, na área de Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Artes.

Fernando Meireles conta mais detalhes da pesquisa no episódio 45 do programa Aqui tem ciência, da Rádio UFMG Educativa.


Raio-x da pesquisa

Título original:  A política distributiva da coalizão
O que é: Tese de doutorado que investiga a influência dos partidos políticos nos investimentos dos ministérios no presidencialismo de coalizão.
Nome do pesquisador: Fernando Meireles
Ano da defesa: 2019
Programa de Pós-graduação: Ciência Política
Orientador: Carlos Ranulfo
Financiamento: Capes

Leia a tese

O episódio 45 do programa Aqui tem ciência foi produzido por Alessandra Ribeiro, que faz também a apresentação. Os trabalhos técnicos são de Breno Rodrigues.

O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG que abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta os resultados do trabalho de um pesquisador da Universidade. 

Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast como o Spotify e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.