A artista multimídia e compositora Jocy de Oliveira apresentará, junto com o cantor Sàvio Faschét, fará uma palestra performática com o tema Realejo de vida e morte, no Conservatório UFMG. Gratuito de aberto ao público, o evento, que integra a programação do Contraponto músico-literário, ocorre nesta terça-feira, 6 de junho de 2023, às 19h30.

A abertura do show será feita por Maria Cecília Coelho e Iara Fricke Matte, professoras da UFMG. Jocy falará sobre o processo criativo de sua recente obra. Realejo de vida e morte conta a história de um casal confinado em refúgio de um mundo distópico. O roteiro foi escrito por Jocy durante a pandemia e é inspirado no romance ainda inédito Realejo dos mundos, da escritora Adriana Lisboa. O cenário revela uma região devastada pós-hecatombe atômica e ambiental.

Durante a palestra-performance, Jocy terá sua fala intercalada por leituras e cantos, vídeos e ilustrações de cenas, executados pelo contratenor Sàvio Faschét, protagonista do filme. Em seguida, haverá o lançamento do livro Realejo de vida e morte, um roteiro de Jocy de Oliveira, e Realejo dos mundos, de Adriana Lisboa.

Trajetórias
Jocy de Oliveira é doutora honoris causa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), compositora, artista multimídia, escritora e pianista. Desde os anos 60, tem sido pioneira na composição e montagem/direção de obras multimídia, utilizando instrumentos acústicos e eletrônicos e instalações com música, teatro e vídeos. Jocy compôs 23 discos e nove óperas multimídia aclamadas por crítica e público, no Brasil e exterior, e gravadas em DVD pela Naxos. Autora de cinco livros, ela é membro vitalício da Academia Brasileira de Música e mestre em Artes/Música pela Washington University (EUA).

Sàvio Faschét é cantor e ator formado pela UFMG, vencedor do prêmio de melhor contratenor no Concurso Internacional de Canto Maria Callas. Entre seus trabalhos mais destacados estão o filme 3 minutos de sol, da abertura do Festival Amazonas de Ópera (FAO), de Leonardo Martinelli, sob a batuta de Luiz Fernando Malheiro, e a ópera cinemática de Jocy de Oliveira, Realejo de vida e morte.